quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

"The Nature of Hypnosis" report - British Psychological Society 2001


"A Hipnose e a prática de auto-hipnose podem reduzir significativamente a ansiedade generalizada, tensão e stress de uma maneira semelhante a outros procedimentos de relaxamento e de auto-regulação (Schoenberger, 2000).

Do mesmo modo, o tratamento hipnótico pode ajudar nos quadros de insónia em forma idêntica a outros métodos de relaxamento  (Anderson, Dalton & Basker, 1979; Stanton, 1989).

Existem evidências encorajadoras dos efeitos benéficos dos procedimentos hipnoterapêuticos no alívio dos sintomas num vasto quadro de doenças psicossomáticas. Incluindo dores de cabeça por tensão e enxaquecas (Alladin, 1988; Holroyd & Penzien, 1990; ter Kuile et al., 1994); asma (ver revisão dos estudos clíicos de Hackman, Stern & Gershwin, 2000); problemas gastro-intestinais tais como o síndrome de cólon irritável (Galovski & Blanchard,
1998; Harvey et al., 1989; Whorwell, Prior, & Colgan, 1987; Whorwell, Prior & Faragher, 1984); verrugas (DuBreuil & Spanos,
1993); e possivelmente outros problemas dermatológicos como o eczema, a psoríase e a urticária (Shertzer & Lookingbill, 1987; Stewart & Thomas, 1995; Zachariae et al., 1996).

A Hipnose é, no mínimo, tão eficaz como outros métodos de cessação tabágica (ver revisão do estudo de Green & Lynn, 2000).
Meta-análises feitas por Law & Tang (1995) e Viswesvaran & Schmidt (1992) apontam resultados mínimos de cessação entre os
23 por cento e os 36 por cento, respectivamente.

Existem evidências de vários estudos que referem que a sua inclusão em protocolos de controlo de peso aumenta significativamente os resultados (Bolocofsky, Spinler & Coulthard-Morris, 1985; Kirsch, Montgomery & Sapirstein, 1995; Levitt, 1993).

Outros estudos em menor número, focando as crianças, indicam que todos os resultados acima referidos se estendem igualmente a crianças e adolescentes  (Hackman, Stern, & Gershwin, 2000; Sokel et al., 1993; Stewart & Thomas, 1995; ver também revisão do estudo de Milling & Costantino, 2000)."

in "The Nature of Hypnosis" report - British Psychological Society 2001 - www.bit.ly/HypnosisNatureReport

trad./adapt. Hypnos.Portugal/SPHM - A formação de hipnoterapia
www.Hipnoterapia.Pro

terça-feira, 5 de março de 2013

Hipnose e a Hipnoterapia Ericksoniana

Revista Saúde Actual Março/Abril 2013

Hipnose e a Hipnoterapia Ericksoniana

Antes de compreendermos a hipnoterapia ericksoniana, é necessário entender o que é a Hipnose. Assim, a saber, o estado de hipnose é um estado modificado da consciência perfeitamente natural ao Ser Humano, que não envolve perda de controlo nem comportamentos que não sejam aceites pela pessoa que o experimenta. Caracteriza-se, acima de tudo, por uma focagem de atenção num determinado pensamento, imagem, sensação ou sugestão. E com a ajuda de um terapeuta, esta focagem de atenção é facilitada, abrindo-se então a possibilidade de ressignificar as situações que perturbavam a pessoa.

A hipnoterapia é utilizada por vários profissionais das áreas da saúde e da motivação, desde médicos anestesistas, cirurgiões, dentistas, psiquiatras, psicólogos e coaches entre outros. É também recomendada pela OMS para o tratamento de várias perturbações como o tratamento da dor, depressão, ansiedade, fobias ou perturbações de pânico.

Porque razão é a hipnose tão importante e eficaz nos processos de mudança?
E como podemos mudar os nossos comportamentos com a hipnoterapia?
Todas as experiências que vivenciamos, desde a mais tenra infância, condicionam a forma como nos posicionamos na vida e estabelecem o nosso sistema de crenças e de convicções, que nem sempre são ajustadas ao nosso equilíbrio e bem-estar. Neste contexto, geralmente, as pessoas tendem a recalcar experiências menos agradáveis porque não têm os recursos e a aprendizagem para gerir tranquilamente essas situações.

Para se abordarem estas situações, um trabalho congruente e eficaz de mudança é aquele que conjugará duas abordagens: estruturar um aconselhamento e acompanhamento a um nível racional e cognitivo; e utilizar o estado de hipnose, a um nível mais interno e emocional, flexível e adaptado a cada pessoa, para as referidas ressignificações. Desta forma, consolida-se todo o processo de mudança, tendo em conta que no estado de transe hipnótico (focagem de atenção) é possível activar níveis mais profundos da aprendizagem sub ou inconsciente.

De uma forma simples, esta é a riqueza da hipnoterapia, quando praticada por um terapeuta devidamente preparado, flexível e atento a todas as especificidades do indivíduo. Com esta abordagem o psiquiatra norte-americano Milton Erickson (1901-1980) usou e estudou hipnose durante cerca de 60 anos, defendendo a universalidade da hipnose (“todas as pessoas são hipnotizáveis, por vezes os terapeutas é que não são flexíveis…”).

Possuidor de uma especial sensibilidade e capaz de gerar fortes empatias, Erickson desenvolveu uma abordagem capaz de ajudar a compreender cada sujeito nas suas especificidades e a facilitar mudanças profundas. Conseguindo que cada pessoa pudesse desfrutar totalmente do seu estado de hipnose e assim trabalhasse os seus objectivos terapêuticos com eficácia.

Em Portugal encontramos terapeutas e formação certificados na utilização da hipnoterapia no directório do Grupo Português de Hipnose e Motivação
(www.GPHM.sapo.pt) e na Hypnos.Portugal (www.Hipnoterapia.Pro).
Também com o objectivo de promover e divulgar esta ferramenta terapêutica, vai decorrer em Lisboa, nos dias 19, 20 e 21 de Abril, o Curso Básico de Hipnoterapia Ericksoniana, organizado pela Hypnos.Portugal/4Develop e ministrado por Sofia Bauer, reconhecida hipnoterapeuta ericksoniana e psiquiatra brasileira.
Mais informação sobre este curso poderá ser consultada em www.Hipnoterapia.Pro/SofiaBauer .

Rita Ana Domingos
Hipnoterapeuta e Directora da Sociedade Portuguesa de Hipnose e Motivação
www.Hipnoterapia.Pro

sábado, 22 de setembro de 2012

Estudos mostram benefícios da hipnose - Wall Street Journal

Nos dias em que precisa fazer quimioterapia, Jeanne Safer vai hipnotizando a si mesma no táxi. Começa por fechar os olhos e em seguida os rola para cima e para baixo, ao mesmo tempo em que respira profundamente. "Enquanto faço isso, fico dizendo para mim mesma: 'Esse procedimento vai salvar a minha vida. Eu não vou lutar contra ele. Vou facilitar ao máximo sua ação sobre o meu corpo'", diz ela. (ver notícia)

www.Hipnose.Pro
www.MarioRuiSantos.net

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Estudo da McGill University (Montreal, Canada) demonstra eficácia de acupunctura e hipnose na cessação tabágica (artigo em inglês)


Alternative therapies can help smokers kick the habit


A review of 14 international studies suggests that alternative therapies such as acupuncture and hypnosis can help smokers kick their habit.


Some trials show that smokers who use acupuncture for cessation are more than three times as likely to be tobacco-free six months to a year later, found Mehdi Tahiri and colleagues at McGill University in Montreal, Canada.

Another study which evaluated hypnosis also showed that smokers who took hypnotherapy sessions had a higher success rate than those who used conventional methods such as nicotine-replacement, drugs and behavioral counseling.

There are plenty of unanswered questions about the two alternative techniques including exactly how effective they might be and how hypnosis and acupuncture measure up against conventional therapies, wrote the Canadian team in theAmerican Journal of Medicine.

Most people who want to quit smoking start with conventional therapies, Tahiri said adding that for smokers who do not like medications or those who find cessation with standard therapies unsuccessful, acupuncture or hypnosis can be a good recommendation.

Por que somos tão gabarolas?


Falarmos de nós traz a mesma satisfação que comida ou dinheiro

A investigação conduzida por Diana Tamir, publicado na «Proceedings of the National Academy of Sciences», diz que revelarmo-nos traz sensações de compensação extra. Segundo o estudo, “as eram até capazes de esquecer o dinheiro para falarem sobre elas”.Falarmos de nós próprios instiga o mesmo género de satisfação no cérebro que a comida ou o dinheiro, segundo avançou esta semana uma equipa de investigadores da Universidade de Harvard. Segundo uma ressonância magnética, são activadas as mesmas zonas cerebrais

Pelo menos 40 por cento das conversas diárias, sejam pessoalmente, através de telefone ou redes sociais, são dedicadas a dizer aos outros como nos sentimos ou o que pensamos. Neurocientistas da Universidade de Harvard descobriram a razão para esta prática comum: traz-nos uma sensação de prazer, ao nível das células cerebrais e sinapses.


Para chegar a estas conclusões, a equipa conduziu testes em laboratório para ver se as pessoas valorizavam excepcionalmente a oportunidade de partilhar pensamentos e sensações, enquanto monitorizavam a actividade cerebral de alguns participantes no estudo, de forma a ver que partes do cérebro estavam mais excitadas quando falavam de si, relativamente a outros voluntários.

Durante os testes, apesar do estímulo financeiro oferecido, preferiram falar sobre elas e estavam dispostas a desistir entre 17 e 25 por cento do lucro potencial, para poderem revelar informação pessoal.

Segundo as conclusões do estudo, actos de partilha de informação pessoal vem acompanhada por uma enorme actividade cerebral em determinadas regiões que pertencem à dopamina libertada pelo sistema mesolímbico, associado ao sentimento de recompensa e satisfação relacionado com comida, dinheiro ou sexo.

terça-feira, 8 de maio de 2012

O uso da hipnose na psicoterapia


O uso da hipnose na psicoterapia

Gabriella Friaça de Oliveira*

Percebo no meu dia a dia, no consultório, que vários pacientes chegam a mim com algumas dúvidas e mitos sobre a hipnose, sendo assim, acho de fundamental importância o esclarecimento e a desmistificação da hipnose no processo terapêutico. Trabalho com a hipnose clínica, especificamente a Hipnoterapia Ericksoniana, que surgiu como uma modernização da hipnose clássica e é assim denominada por ter sido criada pelo dr. Milton H. Erickson (1901-1980), médico, professor de psiquiatria e fundador da American Society of Clinical Hypnosis.
Em termos simples, a hipnose é um estado de profundo relaxamento, no qual a pessoa volta sua atenção para seu interior, voltando-se para si mesma e com isso retirando sua atenção do exterior. Quase todo mundo já experimentou alguma forma de hipnose em algum momento da sua vida. Pense numa vez em que você estava dirigindo e percebeu que por um breve momento esteve “com a mente longe”, inconsciente daquilo que estava fazendo, ou uma vez em que estava tão envolvido em um programa de televisão que nem se deu conta quando alguém entrou na sala. Na verdade, toda hipnose é auto-hipnose e o paciente está sempre no controle.
Não há nada a temer, porque a hipnose é um processo completamente seguro quando é usada por um profissional qualificado. O relaxamento experimentado será agradável e regenerador. Com a hipnose ajudamos a pessoa a entrar em contato com a própria experiência interna e com os seus potenciais que não eram percebidos anteriormente. O psicólogo que utiliza a Hipnose Ericksoniana acredita que todos possuem dentro de si os recursos internos necessários para resolver seus próprios problemas e a função da psicoterapia é a de criar condições facilitadoras que permitam ao paciente acessar estes recursos e integrá-los na sua vida diária. Dentre os vários usos da hipnose podemos destacar:
  • Aumento de confiança;
  • Relaxamento durante o parto;
  • Tratamento de fobias, medos e ansiedade;
  • Desordem e distúrbios no sono;
  • Problemas interpessoais;
  • Depressão;
  • Dificuldades sexuais;
  • Queixas psicossomáticas;
  • Alívio pós-traumático;
  • Controle da dor;
  • Gerenciamento do estresse;
  • Controle de hábitos;
  • Desempenho acadêmico;
  • Desempenho atlético;
  • Ajuda nas transições da vida;
  • Preparação para procedimentos médicos e dentais;
  • Bloqueios na motivação e criatividade;
  • Tratamento de luto e perdas.
Devemos ressaltar que a hipnose em si é apenas uma das inúmeras técnicas que podem ser utilizadas no processo terapêutico. Assim, o treinamento em hipnose não é suficiente para a condução de uma terapia, sendo necessário um vasto embasamento teórico anterior. A hipnose só deve ser utilizada por profissionais da saúde devidamente experientes e registrados, que também tenham formação para o uso clínico da hipnose e estejam trabalhando na área de sua especialidade profissional.
Apesar de suas inúmeras aplicações no ambiente terapêutico, a hipnose pode não ser útil para todos os problemas psíquicos, nem para todos os pacientes. A decisão de usar a hipnose no tratamento deve ser feita mediante consulta com um profissional de saúde qualificado, que tenha formação quanto ao uso e às limitações da hipnose clínica.

* Psicóloga com Formação em Psicoterapia e Hipnoterapia Ericksoniana, perita em Avaliação Psicológica, especialista em Neuropsicologia.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

terça-feira, 17 de abril de 2012

Efeitos da hipnose na diabetes

Dissertação  de Rodrigo Cazarotto Mateus apresentada  à Banca  Examinadora  como exigência  parcial  para  obtenção do  titulo  de  MESTRE  em Psicologia Clínica,  no Núcleo  de Psicossomática  e  Psicologia Hospitalar,  sob  orientação  da Profa.  Dra. Mathilde Neder.